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Transtorno Borderline: A Instabilidade Emocional na Visão de Freud

Representação do transtorno borderline e suas implicações psicológicas.

O transtorno borderline é um dos quadros psiquiátricos mais desafiadores da atualidade. Caracterizado por mudanças emocionais extremas, impulsividade e relações instáveis, esse transtorno impacta diretamente a vida dos pacientes e de quem convive com eles.

Mas como a psicanálise enxerga essa instabilidade? Freud, mesmo sem nomear essa condição, já explorava comportamentos similares em seus estudos sobre a estrutura psíquica e os traumas emocionais. Dessa forma, podemos traçar uma relação entre o transtorno borderline e os conceitos fundamentais da psicanálise.

📌 Neste artigo, você entenderá:
✔ Como Freud explica a instabilidade emocional.
✔ Quais são os mecanismos de defesa mais comuns no transtorno borderline.
✔ Como os traumas infantis podem influenciar esse quadro.
✔ Quais abordagens terapêuticas ajudam no tratamento.

📖 Quer entender mais sobre os fundamentos da psicanálise? Leia este artigo:
📌 Psicanálise: O Que é e Como Funciona?


O Que é o Transtorno Borderline?

O transtorno de personalidade borderline (TPB) é um diagnóstico psiquiátrico marcado por reações emocionais intensas e dificuldades em manter relacionamentos estáveis. Embora os sintomas variem, alguns são bastante comuns.

Principais características do transtorno borderline:

Instabilidade emocional extrema – O humor oscila rapidamente, indo da euforia à tristeza intensa.
Medo de abandono – Qualquer sinal de rejeição pode gerar reações intensas.
Relacionamentos instáveis – O paciente pode idealizar uma pessoa e, pouco depois, desvalorizá-la completamente.
Comportamentos impulsivos – Automutilação, compulsão alimentar e uso abusivo de substâncias são frequentes.
Crises de identidade – A pessoa sente que não sabe quem realmente é.

📊 Dado relevante:
🔹 Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, cerca de 1,6% da população mundial sofre de transtorno borderline, sendo mais comum em mulheres.

Diante dessas características, a psicanálise busca compreender as origens emocionais e inconscientes desse transtorno.


A Perspectiva de Freud Sobre o Transtorno Borderline

Freud não utilizava o termo “borderline”, mas sua teoria fornece insights valiosos para compreendermos esse transtorno. Segundo a psicanálise, o desenvolvimento psíquico depende do equilíbrio entre três instâncias:

Id – A fonte dos desejos primitivos e impulsos inconscientes.
Ego – O mediador entre os impulsos do id e as normas sociais do superego.
Superego – A parte da mente que representa as regras morais e sociais internalizadas.

No transtorno borderline, o ego encontra dificuldades para equilibrar os impulsos do id e as exigências do superego. Como resultado, a pessoa reage de forma desproporcional a conflitos internos e externos.

Mecanismos de Defesa no Transtorno Borderline

Pacientes borderline frequentemente utilizam mecanismos de defesa primitivos. Esses mecanismos surgem como tentativas inconscientes de evitar o sofrimento.

Clivagem – Ver o mundo em extremos, classificando as pessoas como totalmente boas ou ruins.
Idealização e Desvalorização – Alternância entre exaltação e desprezo nas relações.
Projeção – Atribuir aos outros sentimentos próprios inaceitáveis.
Identificação Projetiva – Transferir para outra pessoa aspectos próprios que causam angústia.

📌 Exemplo clínico: Uma pessoa borderline pode começar um relacionamento idealizando o parceiro, acreditando que ele é perfeito. No entanto, após uma pequena frustração, pode passar a enxergá-lo como cruel e distante.


Estudo de Caso: Freud e a Paciente Dora

Freud analisou um caso clássico que pode ser associado ao transtorno borderline: a paciente Dora. Ela apresentava explosões emocionais, dificuldade em lidar com frustrações e padrões de idealização e rejeição.

📌 Intervenção Psicanalítica:
Durante o tratamento, Freud percebeu que Dora usava mecanismos de defesa como clivagem e projeção para lidar com suas emoções intensas. Suas reações estavam ligadas a traumas infantis e à dificuldade em integrar diferentes aspectos de sua personalidade.

📌 Resultados:
A análise de Dora ajudou a psicanálise a compreender melhor a relação entre trauma, impulsividade e estrutura psíquica, abrindo caminho para estudos posteriores sobre transtornos emocionais graves.

🎥 Quer entender mais sobre o impacto da psicanálise na saúde mental? Assista ao nosso canal do YouTube:
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Tratamento do Borderline na Psicanálise

A psicanálise busca compreender a origem dos sintomas, permitindo ao paciente acessar e elaborar seus conflitos inconscientes.

Objetivos do Tratamento Psicanalítico:

Fortalecer o ego – Ajudar o paciente a regular suas emoções e impulsos.
Reelaborar traumas infantis – Trabalhar memórias que influenciam o comportamento atual.
Diminuir a impulsividade – Desenvolver estratégias para lidar com emoções intensas.
Melhorar os relacionamentos – Identificar padrões de idealização e desvalorização.

📊 Dado relevante:
🔹 Estudos indicam que a psicoterapia pode reduzir em até 50% os comportamentos autodestrutivos em pacientes borderline.

Além da psicanálise, abordagens como a Terapia Comportamental Dialética (DBT) também são eficazes no tratamento.

O transtorno borderline é uma condição complexa que exige um olhar profundo sobre a psique. Freud, ao explorar os conflitos internos e os mecanismos de defesa, forneceu insights fundamentais para compreendermos esse transtorno.

A psicanálise vê o borderline como resultado de falhas no desenvolvimento emocional, exigindo um trabalho terapêutico cuidadoso para ajudar o paciente a construir uma identidade mais estável.

💬 Agora me diga: você já conhecia a visão da psicanálise sobre o transtorno borderline? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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